Black Sabbath - Tyr (1990)


Texto por Felipe Leonel

“Tyr”, também grafado como “ᛏᛉᚱ”, é o décimo quinto álbum de estúdio da banda inglesa de heavy metal Black Sabbath, lançado pelo selo I.R.S. Records no dia 20 de agosto de 1990, há 31 anos.

Na mitologia nórdica, Týr é o deus do combate e da glória heróica e filho de Odin. As runas na capa, ᛏ, ᛉ e ᚱ foram retiradas da Rök runestone na Suécia.  A runa do meio, algiz, é transcrita como a letra moderna X ou Z e não Y.

“Tyr” se distancia das letras mais sombrias apresentadas em seu predecessor, “Headless Cross” (1989). O título do álbum, e também de várias das músicas, fazem alusão à mitologia nórdica, levando diversos fãs, e também da crítica, a considerar “Tyr” como um álbum conceitual, embora a banda já tenha afirmado que, embora muitas das canções possam parecer vagamente relacionadas, muito pouco do álbum tem a ver com a mitologia e não tinha a intenção de ser um registro conceitual. 

O álbum, possivelmente, representa o distanciamento mais dramático do som tradicional do Black Sabbath, com apenas traços de outrora encontrados em riffs ocasionais. 

A produção do disco foi criticada por alguns, afirmando que a bateria de Cozy Powell abafou a maioria dos outros instrumentos, e elogiados por outros, observando que este é um dos álbuns mais pesados do Sabbath na fase Martin e talvez o mais proeminentemente dependente dos teclados de Geoff Nicholls, quinto membro da banda. Como resultado, grande parte das músicas é muito mais sombria do que em “Seventh Star” (1986), “The Eternal Idol” (1987) e até mesmo “Headless Cross” (1989).

Geezer Butler, Ian Gillan e Brian May fizeram participações especiais na turnê europeia de “Tyr” com Butler e May aparecendo durante o encore do show realizado no dia 8 de setembro de 1990 no Hammersmith Odeon em Londres. 

Essa mesma formação de “Tyr” se reuniria novamente em 1994, após o lançamento de “Dehumanizer”, em 1992, e a separação desse grupo com Dio nos vocais, e o lançamento de “Cross Purposes” (1994), novamente com Martin nos vocais, para gravar seu décimo oitavo álbum de estúdio, “Forbidden”, lançado em 1995. 

Todas as letras foram escritas por Tony Martin, já as músicas são creditadas como ‘compostas por Black Sabbath’. Nenhuma recebeu credito pessoal direto à Tony Iommi.

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