Black Sabbath - Sabbath Bloody Sabbath (1973)


Texto por Felipe Leonel

“Sabbath Bloody Sabbath” é o quinto álbum de estúdio da banda de rock/metal inglesa Black Sabbath, lançado pelo selo WWA Records em 1º de dezembro de 1973, há 47 anos.

Após uma turnê mundial, que durou quase dois anos, entre 1972/73, para divulgação de seu álbum “Vol. 4”, o grupo voltou a Los Angeles para começar a trabalhar em seu sucessor.

Satisfeitos com a produção e divulgação de seu disco anterior, a banda procurou recriar a atmosfera de gravação de “Vol. 4” retornando ao Record Plant Studios e alugando uma casa em Bel Air, para iniciar os trabalhos de composição, mas devido ao uso excessivo de drogas e a fadiga da turnê, não chegaram a completar nenhuma música.

Depois de um mês em Los Angeles e sem resultados, a banda optou por voltar a Inglaterra, onde alugaram o Clearwell Castle, na Floresta de Dean, Gloucestershire, onde diversas outras bandas como Led Zeppelin, Mott the Hoople e Deep Purple já haviam gravado. O álbum foi produzido completamente pela banda e gravado no Morgan Studios em Londres, North London, em setembro de 1973.

O ambiente medieval ajudou a revitazar as forças da banda musicalmente. Enquanto trabalhava em novas mísicas, Iommi “tropeçou” no riff principal da canção ‘Sabbath Bloody Sabbath’, o que acabou por dar o tom ao novo material. Rick Wakeman, tecladista do Yes, foi contratado como músico de estúdio, aparecendo na canção ‘Sabbra Cadabra’. Wakeman recusou o pagamento da banda e acabou sendo compensado com cerveja por sua contribuição.

Com base nas mudanças estéticas introduzidas em “Vol. 4”, as novas canções incorporaram sintetizadores, outros instrumentos de corda, teclados, arranjos mais complexos e experiências com cítara e gaita de fole. As letras também mergulharam em novas temáticas. A faixa-título contempla os mistérios do nascimento, 'A National Acrobat' e ‘Spiral Architect’, falam basicamente sobre manipulação genética. Em dado momento das gravações, Osbourne apareceu no estúdio com um sintetizador Moog que havia comprado, embora "não soubesse como usá-lo", de acordo com Iommi, ainda foi capaz de compor a música ‘Who Are You?’ com ele.

A arte da capa ficou a cargo do artista Drew Struzan. A ideia por trás da arte era retratar um homem morrendo de forma horrível na frente e, na contracapa, o mesmo homem morrendo de forma calma e pacífica, mostrando o mesmo homem em uma cama, aparentemente tendo um pesadelo sendo atacado por demônios em forma humana. No topo da cama está um grande crânio com braços longos estendidos e o Número da Besta, 666, escrito logo abaixo. Já na parte de trás do álbum, o oposto da capa frontal.

Até então, pela primeira vez em sua carreira, a banda começou a receber críticas favoráveis na imprensa não especializada. Após o lançamento, a revista Rolling Stone chamou o álbum de "um caso extraordinariamente emocionante" e "nada menos que um sucesso completo".

“Sabbath Bloody Sabbath” marcou o quinto disco de platina consecutivo da banda pelas 60 mil cópias vendidas somente nos Estados Unidos e alcançou a 4ª posição nas paradas do Reino Unido e a 11ª posição nos EUA. O álbum seria futuramente considerado pelos próprios membros da banda como um dos pontos altos na discografia do Black Sabbath. Em seu livro de memórias, Iommi chama o álbum de "pináculo".

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