Pearl Jam - Riot Act (2002)


Texto por Felipe Leonel

“Riot Act” é o sétimo álbum de estúdio da banda estadunidense de rock Pearl Jam, lançado pelo selo Epic Records em 12 de novembro de 2002, há 19 anos. 

Em 2001, após a turnê de apoio de “Binaural” (2000), o Pearl Jam fez uma pausa de um ano, retornando apenas no início de 2002 pra iniciar o trabalho de composição do novo álbum. 

“Riot Act” foi produzido por Adam Kasper, mixado por Brendan O'Brien e gravado no Studio X, em Seattle, em duas sessões entre fevereiro e abril de 2002. O processo de composição foi semelhante ao dos álbuns “Yield” (1998) e “Binaural”, com a banda trabalhando individualmente no material antes de iniciar as sessões de gravação juntos. Segundo o guitarrista Mike McCready, o ambiente no estúdio era "muito positivo" e "muito intenso e espiritual". A maior parte do álbum foi gravada ao vivo.

“Riot Act” abraça uma variade musical maior, influenciado pelo folk, art rock e rock experimental e as letras tratam de mortalidade e existencialismo, com influência tanto na política da época quanto nos ataques de 11 de setembro de 2001 até a morte acidental de nove fãs em 2000, durante a apresentação do grupo no Festival Roskilde.

A capa do álbum, fotografada por Jeff Ament, apresenta dois esqueletos usando coroas, representando um rei e uma rainha. As estatuetas de metal foram criadas pelo ferreiro Kelly Gilliam. De acordo com Ament, a banda teve problemas em encontrar um nome para o álbum. Depois que a arte da capa foi finalizada e as faixas sequenciadas, a banda passou semanas tentando encontrar um título. O vocalista Eddie Vedder sugeriu “Riot Act” e os membros da banda concordaram, pois estavam cansados de tentar inventar um título.

Três singles promocionais foram lançados, ’I Am Mine’, 43ª lugar na Billboard Hot 100 e 6º lugar nas paradas de Modern Rock, ‘Save You’, segundo single lançado nos EUA, não alcançou nenhuma posição na parada Hot 100, mas fez parte das paradas de Rock Mainstream e Modern Rock, e ‘Love Boat Captain’, segundo single lançado internacionalmente. 

“Riot Act” também ganhou alguns videoclipes, incluindo ‘I Am Mine’, ‘Save You’, ‘Love Boat Captain’, ‘Thumbing My Way’ e ‘1/2 Full’. Em 2003, dera início a uma turnê politicamente carregada de apoio ao álbum. “Riot Act” foi o último álbum da banda com material totalmente novo feita sob o selo Epic. 

“Riot Act” alcançou a 5ª posição na parada de álbuns da Billboard 200 nos EUA, batendo a marca de 166 mil cópias vendidas em sua primeira semana de lançamento e alcançando as 575 mil cópias vendidas ao longo das semanas seguintes. Além de ter sido certificado com disco de ouro pela RIAA. 

A resposta internacional ao álbum foi ainda mais positiva. O álbum alcançou o topo das paradas na Austrália e foi certificado com disco de platina terminando entre os discos mais vendidos de 2002 e 2003. “Riot Act” também alcançou a 2ª posição na Itália e Nova Zelândia, o 3º lugar na Noruega e 4º lugar no Canadá. 

A turnê promocional deu início em 2003 e passou pela Austrália, Japão e EUA. As turnês foram as primeiras da banda com o tecladista Boom Gaspar. As duas etapas da turnê norte-americana se concentraram no Meio-Oeste, Costa Leste e Costa Oeste e ganharam mais shows em arenas. O trauma de Roskilde levou a turnê a não se apresentar mais em festivais. 

“Riot Act” recebeu críticas favoráveis em seu lançamento. Segundo o crítico Louis Pattison "Riot Act é o som de uma banda entrando em uma poderosa meia-idade. Eles ainda merecem sua atenção". Para Stephen Thomas Erlewine, da revista AllMusic, "Este realmente parece o álbum mais rico que o Pearl Jam já fez em muito tempo”. Já a revista Spin considerou que "O sétimo álbum de estúdio do Pearl Jam equilibra um bombástico emotivo com um ataque de hard rock intenso". O crítico Robert Christgau descreveu o Pearl Jam como "mestres de seu próprio som, com pontos delicados onde suas emoções podem ir”.

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