Alice in Chains (1995)


Texto por Felipe Leonel

“Alice in Chains” é o terceiro álbum de estúdio da banda estadunidense de rock/metal Alice in Chains, lançado pelo selo Columbia Records, em 7 de novembro de 1995, há 26 anos. 

“Alice in Chains”, também conhecido ocasionalmente como “The Dog Album”, "Three-Legged Dog Album", “The Dog Record” ou “Tripod”, é o primeiro registro completo com o baixista Mike Inez e o último com a participação do vocalista principal Layne Staley antes de sua morte em 2002. 

Como em seus discos anteriores, as letras falam sobre temas pesados como depressão, isolamento, uso de drogas, relacionamentos, raiva e morte. As músicas contam com menos riffs pesados e enfocam mais nas melodias e arranjos variados, integrando climas acústicos mais delicados. Ainda sim, a maioria dos riffs empregam fortes influências do doom e sludge metal.

A capa do álbum foi inspirada em uma fotografia tirada pelo fotografo Rocky Schenck de um cachorro de três patas feita em um playground perto do centro de Los Angeles em 23 de agosto de 1995. Após a fotografia, uma sessão de casting foi feita para escolher um cão que fizesse parte oficialmente da arte da capa, ainda sim, a banda acabou escolhendo uma imagem do primeiro cachorro enviada a eles por fax, com a qualidade de fax, por acharem que havia mais sinceridade daquela forma. Segundo Cantrell, Kinney, o fotografo, ficou chateado com a escolha por não usarem a foto em si. Um outro cão, também de três patas, chamado Sunshine, foi usado no videoclipe de ‘Grind’.

As faixas ‘Grind’, ‘Heaven Beside You’ e ‘Again’ foram lançadas como singles e ganharam seus respectivos videoclipes. Ainda em 1995, o mockumentário “The Nona Tapes” foi lançado para promover o álbum e se tornou um sucesso cult. O documentário fictício apresenta Jerry Cantrell disfarçado como uma jornalista chamada Nona Weisbaum, entrevistando seus colegas de banda em versões fictícias de si mesmos durante um passeio de carro em Seattle. O filme foi produzido pela própria banda e dirigido por Rocky Schenck.

“Alice in Chains” foi um sucesso de crítica e público. O crítico Jon Jon Wiederhorn, da revista Rolling Stone, descreveu o álbum como um "renascimento musical" e o chamou de "libertador e esclarecedor", observando que as canções "alcançam um impacto surpreendente, impressionante e palpável". Já o The New York Times observou que, em contraste com as distorções cruas associadas ao grunge, o som do Alice in Chains foi "delineado de forma limpa e meticulosamente em camadas”, 

“Alice in Chains” estreou em 1º lugar na Billboard 200 e permaneceu nas paradas por 46 semanas. Em 1996 e 1997, as canções ‘Grind’ e ‘Again’ foram nomeadas na categoria “Melhor Performance de Hard Rock” no Grammy Awards. Também em 1996, o videoclipe de ‘Again’ foi nomeado como “Melhor Vídeo Hard Rock” no MTV Video Music Awards. O álbum recebeu disco duplo de platina pela RIAA e bateu a marca de mais de 2 milhões de cópias vendidas nos EUA e mais de 3 milhões em todo o mundo.

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