Gojira - Magma (2016)


Texto por Felipe Leonel

“Magma” é o sexto álbum de estúdio da banda francesa de metal Gojira, lançado pelo selo Roadrunner Records em 17 de junho de 2016, há 5 anos.

“Magma” foi gravado no estúdio da banda, o Silver Cord Studio, situado no Queens, Nova York, e foi produzido pelo guitarrista/vocalista do grupo Joe Duplantier, mixado pelo engenheiro de som Johann Meyer e masterizado pelo engenheiro de masterização Ted Jensen, famoso por trabalhos como “Hotel California” (1976) do Eagles, “American Idiot” (2004) do Green Day e “Come Away with Me” (2002) da cantora Norah Jones.

“Magma” foi influenciado pelo falecimento de Patricia Rosa, mãe dos irmãos Joe e Mario Duplantier, em 2015. Da a situação, os irmãos decidiram associar o título do álbum à imagem do magma no centro da Terra, afirmando que estavam sentido uma mistura entre memórias do passado e medo do futuro, sendo o Magma a expressão exata desse sentimento, de algo interno e fervendo a ponto de explodir. A banda passou algum tempo em turnê antes de retornar ao estúdio para continuar gravando. A mixagem foi concluída em fevereiro de 2016.

Nesta fase, o Gojira preferiu dar menos ênfase à noção de metal extremo do que os álbuns anteriores apresentando uma mudança estilística e um som atmosférico mais acessível e uso mais proeminente de vocais limpos.

Em 2 de abril, foi lançado o vídeo oficial para a faixa ‘Stranded’, dirigido por Vincent Caldoni. Em 20 de maio, foi lançado o videoclipe da faixa ‘Silvera’, dirigido por Drew Cox. E em 8 de julho, foi lançado o videoclipe de ‘Low Lands’, dirigido pelo fotógrafo Alain Duplantier, primo de Joe e Mario, e estrelado por Gabrielle Duplantier, também fotógrafa e irmã dos músicos, e Claire Théodoly, prima de todos eles. O videoclipe, foi descrito pela banda como "uma peça íntima e poética" e apresenta a casa da infância dos irmãos em Ondres na floresta Landes, na França, perto de um oceano tempestuoso, com visuais góticos e algumas imagens simbolicamente pessoais para os irmãos, mesclando representações da "ausência e onipresença da mãe".

Em 2 de maio, o Gojira anunciou uma turnê norte-americana de apoio a “Magma” pelos Estados Unidos e Canadá e teve como banda de abertura o grupo britânico Tesseract. A “Magma World Tour” consistia em seis semanas de turnê, e em seguida, uma pausa de um mês antes de voltar à estrada para mais seis semanas, repetindo o ciclo por uma duração total de cerca de três anos e meio.

“Magma” foi bem recebido pela crítica e pelos fãs em seu lançamento. Para o crítico Dom Lawson, do jornal The Guardian, "Magma é o tipo de álbum que os metaleiros adorariam que os não-metaleiros conferissem, pelo menos porque confunde todos os estereótipos usuais sobre o gênero ser sem imaginação e mudo".

Segundo Adrien Begrand, do site Spin, "Magma retira seu som distinto ainda mais, na maioria das vezes construindo canções em torno de um riff insidiosamente cativante e resistindo a voos auto-indulgentes de fantasia. É comum para jovens artistas do metal moderno mostrarem habilidades técnicas surpreendentes, mas nenhum senso de contenção. Em contraste, há pouco mais lá fora como o Magma tenso e minimalista agora".

Já Daniel Epstein, da revista Rolling Stone, observou que Magma marca uma mudança estilística para o Gojira em comparação com os álbuns anteriores. "Em grande parte ausentes estão os arranjos de canções épicas e as exibições de magia instrumental que marcaram suas gravações até L'Enfant Sauvage, de 2012. Em vez disso, novas faixas como ‘The Shooting Star ‘, ‘Stranded’ e ‘Pray’ são mais sobre como encontrar um groove ou riff temível e espremendo cada gota."

Para o site Pitchfork, Zoe Camp descreveu “Magma” como "Seu lançamento mais acessível, melodicamente imediato e carregado de emoção".

“Magma” bateu a marca de mais de 17 mil cópias vendidas em sua primeira semana de lançamento apenas nos EUA, alcançando a 24ª posição na Billboard 200, sendo o maior número de vendas e maior posição de estreia da banda nas paradas até o lançamento de “Fortitude” (2021).

Ainda em 2016, “Magma” alcançou a 1ª posição nas listas “The 25 Best Metal Albums of 2010-2019”, “20 Best Hard Rock & Heavy Metal Albums Of 2016” e “Album Of The Year” das revistas/sites  MetalSucks, WhatCulture e Metal Hammer, respectivamente. Em 2017, “Magma” foi indicado as categorias de “Melhor Álbum de Rock” e “Melhor Performance de Metal” para o single ‘Silvera’ no 59º Grammy Awards.

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