Dio - Holy Diver (1983)
Logo após sua saída do Black Sabbath devido a problemas
criativos com a banda, Ronnie James Dio e o baterista Vinny Appice decidiram
criar um novo projeto que levaria o nome do vocalista. Para completar a nova
banda, foram chamados Jimmy Bain (Rainbow) no baixo e Vivian Campbell (Sweet
Savage) na guitarra, na época com apenas 21 anos.
“Holy Diver” teve como forte fonte de inspiração temas sobre
fantasia, aventura e contos heroicos diversos retirados de livros como “O
Senhor dos Anéis” (J. R. R. Tolkien) e pela procura entre jovens de jogos de
RPG como “Dungeons & Dragons”. Leitor assíduo de ficção científica, contos
arthurianos e um fã declarado do romancista/poeta/dramaturgo/historiador
escocês Sir Walter Scott, Dio, que já havia usado a fantasia nas letras de sua
banda Elf no início dos anos 70, decidiu levar a temática muito mais a fundo em
sua carreia solo, experimentando sem medo em seu debut.
A capa de “Holy Diver”, criada pelo artista Randy Berrett,
mostra o mascote da banda, Murray, girando suas correntes em torno das ondas
marítimas onde flutua um homem, aparentemente um padre. Murray acabou ganhando
notoriedade em os fãs de mascotes de bandas, aparecendo em vários outros álbuns
de Dio ao longo de sua carreira.
Já a logo do álbum, "DIO", acabou gerando muita
conversa e especulações entre o público. Alguns críticos afirmavam que a
logotipo vista de cabeça para baixo poderia ser interpretada como a grafia da
palavra “DIE” (morrer) ou “DEVIL” (demônio). Posteriormente, Dio chamou isso de
“apenas uma pura coincidência”.
“Holy Diver” foi aclamado pela imprensa musical e pelos fãs
do cantor em seu lançamento. Eduardo Rivadavia, da revista AllMusic, afirmou
que "Além das composições inquestionavelmente estelares de Ronnie, a
qualidade e consistência impressionantes de ‘Holy Diver’ se devem muito a seus
companheiros de banda cuidadosamente escolhidos”.
Segundo o crítico canadense Martin Popoff, o álbum é a
"Quintessência do metal tradicional. Ronnie reinventou quase sozinho o
hard rock gótico dos anos 80, incorporando fortes ganchos melódicos e mais do
que a cota normal de veludo do gênero, pirotecnia de base clássica".
A revista britânica Kerrang!, não somente rasgou elogios a
“Holy Diver” como o colocou em 5º lugar em sua lista de “Fim de Ano” de
melhores lançamentos. Ainda hoje a revista considera o disco um "Álbum de
metal melódico perfeito" e uma "compra essencial".
Em 12 de setembro de 1984 e 21 de março de 1989, “Holy
Diver” foi certificado com disco de ouro e disco de platina, respectivamente,
nos EUA. No Reino Unido, arrecadou disco de prata, 60 mil cópias vendidas,
pela British Phonographic Industry.
Em 2017, “Holy Diver” foi classificado na 16º posição na lista dos "100 Melhores Álbuns de Metal de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone. O álbum arrecadou também o 8º lugar na lista dos "25 Melhores Álbuns de Metal" do site IGN e uma declaração efusiva do site "Em todas as suas bandas, em todos os seus projetos, em todas as suas escolhas musicais, Ronnie James Dio teve a sorte de ser associado a alguns dos melhores do heavy metal - Sabbath, Rainbow e sua própria banda, Dio. Para melhor representar sua gestão no gênero, não é preciso olhar muito mais longe do que “Holy Diver”. Seu primeiro álbum com sua nova banda também foi o melhor. É um dos melhores álbuns do metal e gerou duas das maiores canções do metal dos anos 80, 'Holy Diver' e 'Rainbow in the Dark'. Apresentando o subestimado Vivian Campbell na guitarra, o álbum mostrou que Dio poderia fazer o que quisesse nos seus próprios termos”.
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