Slayer - Show No Mercy (1983)
Texto por Felipe Leonel
“Show No Mercy” é o álbum de estreia da banda estadunidense de thrash metal Slayer, lançado pelo selo Metal Blade Records em 3 de dezembro de 1983, há 38 anos.
Ainda em 1983, enquanto abria um dos shows da banda glam Bitch no Woodstock Club em Los Angeles, tocando, além de duas canções próprias, seis covers de diversos grupos dos quais eram fãs, o Slayer acabou sendo notado pelo ex-jornalista musical Brian Slagel, que a época, havia acabado de fundar o selo Metal Blade Records. Slagel se encontrou com a banda nos bastidores os convidando para participar da compilação “Metal Massacre III” da gravadora, a banda concordou.
A aparição do grupo na compilação criou um falatório positivo dentro do cenário do metal underground, o que levou Slagel a assinar contrato com o Slayer.
“Show No Mercy” foi gravado em Los Angeles, Califórnia, e foi completamente custeado pelo vocalista/baixista da banda Tom Araya, que usou suas economias como terapeuta respiratório, e pelo pai do guitarrista Kerry King que emprestou dinheiro ao filho. Segundo Araya, bandas como Venom, Judas Priest, Iron Maiden e Mercyful Fate foram grandes influências no álbum. Gene Hoglan, mais tarde conhecido como baterista de bandas como Dark Angel e Death, forneceu backing vocals na música ‘Evil Has No Boundaries’.
Durante a turnê promocional do disco, a banda teve ajuda de amigos próximos e familiares ao longo da viagem, que os ajudaram nos bastidores com iluminação e som.
“Show No Mercy” foi recebido com opiniões polarizadas em seu lançamento. Em 1984, o jornalista Dave Dickson, da revista Kerrang!, definiu o disco como "lixo puro", enquanto Bernard Doe, da revista Metal Forces, o chamou de "um dos álbuns mais pesados, rápidos e impressionantes de todos os tempos!". A revista alemã Rock Hard foi mais positiva em sua análise observando como o Slayer era "na verdade a mais pesada e rápida" em comparação aos conterrâneos do Metallica e Exciter, definindo seu estilo como "heavy metal punk". Já o jornalista canadense Martin Popoff elogiou “Show No Mercy” por ser tão "seminal" quanto “Kill 'Em All” (1984), do Metallica. "na definição do speed metal de ponta" e por inspirar novas bandas a "expandir os limites do metal".
Embora “Show No Mercy” tenha sido criticado por sua baixa qualidade de produção, o álbum se tornou o lançamento mais vendido da Metal Blade Records na época, com destaque para as canções ‘The Antichrist’, ‘Die by the Sword’ e ‘Black Magic’, tocadas ao vivo pelo Slayer em todos os show desde então.
“Show No Mercy” bateu a marca de 20 mil cópias vendidas somente nos EUA, além de mais de 15 mil no exterior, já que o selo Metal Blade também tinha direitos de distribuição em outros países. O sucesso do álbum levou a produção do EP “Hauting Chapel” (1984) e de seu segundo álbum de estúdio “Hell Awaits” (1985) ainda sob a tutela do selo Metal Blade Records.
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