Pearl Jam - Vitalogy (1994)


Texto por Felipe Leonel

“Vitalogy” é o terceiro álbum de estúdio da banda de rock estadunidense Pearl Jam, lançado pelo selo Epic Records em 6 de dezembro de 1994, há 27 anos.

O álbum todo foi escrito e gravado durante a turnê de “Vs.” (1993) e produzido novamente por Brendan O'Brien. O disco apresenta uma sonoridade mais diversa que os trabalhos anteriores do grupo, devido as tensões e a falta de comunicação entre a banda, e consiste em canções mais agressivas, baladas e elementos variados de rock, tornando o álbum mais experimental do Pearl Jam até hoje.

A primeira sessão de gravação ocorreu ainda no final de 1993, em New Orleans (Louisiana), onde foram gravadas as canções ‘Tremor Christ’ e ‘Nothingman’.  O restante do material foi escrito e gravado já em 1994 em Seattle (Washington) e Atlanta (Geórgia), encerrando as gravações no Bad Animals Studio, novamente em Seattle logo após o término da turnê.

“Vitalogy” é o último trabalho com a participação do baterista Dave Abbruzzese, que deixou a banda antes do término das gravações. Abbruzzese, inicialmente, foi substituído por bateristas contratados e mais tarde substituído oficialmente pelo ex-baterista do Red Hot Chili Peppers, Jack Irons, que completou a gravação.

“Vitalogy” foi lançado primeiro em vinil, no dia 22 de novembro de 1994, duas semanas antes do lançamento em CD e cassete, e estreou no 55º lugar na parada da Billboard 200. O LP bateu a marca de 34 mil cópias vedidas em sua primeira semana de lançamento. Foi também o primeiro álbum, desde a popularização do CD, a entrar nas paradas da Billboard 200 devido apenas as vendas do vinil.

Já seu lançamento em CD, no dia 6 de dezembro, alcançou o 1º lugar na parada da Billboard 200, batendo a marca de mais de 877 mil cópias vendidas em sua primeira semana e foi o segundo álbum mais vendido da história da banda, atrás apenas de seu predecessor.

“Vitalogy” recebeu críticas variadas em seu lançamento. Para Al Weisel, da revsita Rolling Stone, o disco é "um álbum extremamente desigual e difícil, as vezes enlouquecedor, as vezes ridículo, muitas vezes poderoso", elogiando a maioria das músicas e destacando algumas das canções mais experimentais como "Descartáveis. Experimentos estranhos que nem sempre funcionam". Jon Pareles, do The New York Times, elogiou a diversidade do álbum em comparação com os registros anteriores comentando que a banda incorporou "punk rápido, mas brutal, psicodelia com tom fuzz e folk-rock judicioso, tudo soando mais espontâneo do que antes” e concluiu que "(Eddie) Vedder parece mais sozinho do que nunca”. Já Edna Gundersen, do jornal USA Today, afirmou que o disco "oferece a música mais convincente, inventiva e confiante da banda até hoje", chamando-o de "o grito rebelde de uma banda que está amadurecendo sem amadurecer".

“Vitalogy” foi certificado com cinco discos de platina pela RIAA, e, em julho de 2013, alcanlçou as 5,9 milhões de cópias vendidas apenas nos EUA. No mesmo mês, foi classificado em 2º lugar na enquete “Pearl Jam’s Best Albums” entre leitores da revista Rolling Stone.

Três singles promocionais foram lançados, ‘Spin the Black Circle’ junto a canção ‘Tremor Christ’, como lado B (primeiro single da banda a entrar no Billboard Hot 100 na 18ª posição e a ganhar, em 1996, um Grammy Award na categoria “Melhor Performance de Hard Rock”), ‘Not for You’ e ‘Immortality’, lançados apenas nas rádios, mas que acabaram entrando nas paradas de sucesso Hot 100 da Mainstream Rock e Modern Rock.

A faixa ‘Better Man’, também entrou para as paradas de rock mainstream, mesmo não sendo lançada como single, e foi a música de maior sucesso do álbum, passando um total de oito semanas em 1º lugar alcançando também o 2º lugar nas paradas de modern rock. Em 1996, “Vitalogy” recebeu indicações para as categorias “Álbum do Ano” e “Melhor Álbum de Rock” no Grammy Awards.

Em 2003, o álbum foi classificado em 492º lugar na lista dos “500 Best Albums of All Time” da revista Rolling Stone, subindo para a 485ª posição em 2012. Em 2014, “Vitalogy” foi classificado em 10º lugar na lista “10 Best Hard Rock Albums of 1994” do site Loudwire. O disco também faz parte da lista "Superunknown: 50 Iconic Albums That Defined 1994", feita em 2014 pelo site Guitar World.

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