In the Court of the Crimson King (1969)


 Texto por Felipe Leonel

“In the Court of the Crimson King” é o álbum de estreia da banda inglesa de rock progressivo King Crimson, lançado pelo selo Island Records em 10 de outubro de 1969, há 52 anos.

“In the Court of the Crimson King” é um dos primeiros e mais influentes discos do gênero, onde a banda combinou as influências do blues nas quais o rock foi fundado com elementos do jazz e música clássica e sinfônica.

As sessões iniciais do disco foram realizadas no início de 1969, ao lado do produtor Tony Clarke, conhecido por seu trabalho com a banda, também progressiva e também britânica, Moody Blues. Após sucessivas tentativas de aprimorar a sonoridade do grupo que contradiziam com a proposta de Clarke, a banda grupo recebeu permissão da gravadora para produzir o álbum por conta própria.

A fim de alcançar os sons orquestrais exuberantes característicos do álbum, o multi-instrumentalista (e bota instrumento aí) Ian McDonald gastou diversas horas em estúdio com experimentações de overdubbings, composições de Mellotron e vários instrumentos de sopro e cordas, resultando em muitas gravações em fita para gerar as sucessivas camadas seguidas nas faixas.

O design de capa foi criado pelo então programador Barry Godber, falecido em fevereiro de 1970, decorrente de um ataque cardíaco, logo após o lançamento do álbum. A pintura foi seu único trabalho em uma capa de um disco e a ilustração original é hoje propriedade do guitarrista do King Crimson, Robert Fripp.

“In the Court of the Crimson King” recebeu críticas mistas durante seu lançamento. Segundo Robert Christgau, da revista Village Voice, o álbum era "uma porcaria falaciosa", enquanto John Morthland, da revista Rolling Stone, disse que a banda "combinou aspectos de muitas formas musicais para criar um trabalho surreal de força e originalidade". Ainda sim, desde seu lançamento, o álbum atingiu status de clássico dentro do estilo.

“In the Court of the Crimson King” alcançou a 5ª posição na UK Albums Chart e a 28ª na Billboard 200 dos EUA, onde foi certificado com disco de ouro pela RIAA (Recording Industry Association of America).

Em 1999, em comemoração ao seu 30º aniversário, o álbum foi remasterizado utilizando tecnologia HDCD e que fazia parte de uma série de edições remasterizadas chamada “30th Anniversary Edition”. Em 2019, dessa vez em comemoração aos 50 anos de aniversário, “In the Court of the Crimson King” foi novamente remixado e remasterizado, dessa vez em stereo 5.1, e lançado em um box com 3 CDs e Blue-Ray interativo.

Em 2014, o álbum foi eleito o 8º “Maior Álbum de Bateria da História do Rock Progressivo” pelos leitores do site Rhythm. Em 2015, a revista Rolling Stone nomeou “In the Court of the Crimson King” o 2º “Maior Álbum de Rock Progressivo de Todos os Tempos”, atrás somente de “The Dark Side of the Moon“ (1973), do Pink Floyd.

O álbum também foi nomeado como um dos "50 Álbuns Que Construíram o Rock Progressivo" pela revista Classic Rock. O disco é citado no livro “1001 Álbuns Que Você Deve Ouvir Antes de Morrer” do editor Robert Dimery e foi eleito na 193ª posição na lista dos “Top 1000 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” do escritor Colin Larkin.

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