Black Sabbath - Master of Reality (1971)


Texto por Felipe Leonel

“Master of Reality” é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa de heavy metal Black Sabbath, lançado pelos selos Vertigo (RU) e Warner Bros (EUA) em 21 de julho de 1971, há 50 anos.

“Master of Reality” foi gravado no Island Studios, em Londres, e produzido por Rodger Bain, que também havia produzido os dois álbuns anteriores do Black Sabbath, e com o futuro produtor do Judas Priest, Tom Allom, encarregado da engenharia de som. Esta seria a colaboração final de Bain com a banda, com Tony Iommi assumindo as tarefas de produção dos discos seguintes. 

Durante as sessões de gravação, Ozzy Osbourne trouxe a Iommi um grande baseado que fez com que o guitarrista tossisse incontrolavelmente. Seu ataque de tosse foi capturado em fita e um fragmento dessa tosse foi posteriormente adicionado pelo produtor como introdução de ‘Sweet Leaf’, música que é reconhecidamente uma ode ao uso da maconha.

As primeiras edições de “Master of Reality” vieram em uma 'capa de envelope' contendo um pôster da banda com o título do álbum gravado em letras pretas, visíveis em relevo. As edições posteriores sem a impressão em relevo renderizariam o título do álbum em cinza. Esta foi a primeira capa do Black Sabbath na qual as letras das músicas foram reproduzidas na parte de trás da capa. 

“Master of Reality” recebeu disco duplo de platina nos Estados Unidos pelas mais de 2 milhões de cópias vendidas. O álbum é amplamente considerado o fundador dos gêneros doom, stoner e sludge metal. 

“Master of Reality” alcançou a 5ª posição nas paradas do Reino Unido e a 8ª posição nos Estados Unidos. Apesar do sucesso comercial, o álbum foi visto com desdém pelos críticos durante o lançamento. A revista The Village Voice o chamou de "uma exploração amoral e estúpida", já a revista Rolling Stone descreveu o disco como "monótono".

Em 1994, “Master of Reality” foi classificado por Colin Larkin em 28º lugar na lista dos “50 Principais Álbuns de Heavy Metal”. 

Em 2001, a revista Q o incluiu em sua lista dos “50 Álbuns Mais Pesados de Todos os Tempos”. Em 2017 foi eleito o 34º “Melhor Álbum de Metal de Todos os Tempos” pela revista Rolling Stone.

Em 2013, o biógrafo do Sabbath, Mick Wall, elogiou a "capacidade de Iommi de incorporar riffs mais elegantes e mudanças repentinas inesperadas de tempo em uma música do que a maioria das bandas contemplariam em um álbum inteiro".

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