Ministry - Houses of the Molé (2004)


Texto por Felipe Leonel

“Houses of the Molé” é o nono álbum de estúdio da banda estadunidense de metal industrial Ministry, lançado pelo selo Sanctuary Records em 21 de junho de 2004, há 17 anos.

“Houses of the Molé” é o primeiro álbum do Ministry a não apresentar o baixista Paul Barker desde o álbum “Twitch” (1986) (quando a banda ainda fazia New Wave), que saiu após a turnê do disco “Animositisomina” (2003) devido a um desentendimento. Foi também o primeiro álbum a apresentar Mike Scaccia como guitarrista fixo. 

“Houses of the Molé” é a primeira parte da chamada ‘trilogia anti-Bush’, referência ao ex-presidente americano George W. Bush, seguido por Rio Grande Blood (2006) e The Last Sucker (2007). O álbum foi lançado durante a corrida eleitoral presidencial americana de 2004, nos últimos meses do primeiro mandato de Bush como presidente. Quase todas as músicas começam com a letra "W" no título, exceto as faixas ‘No W’ e ‘Salmo 23’.

"No W", primeira música do álbum, apresenta inúmeras amostras satíricas dos discursos de Bush, particularmente amostras as quais falam sobre sua guerra contra o terrorismo.

Al Jourgensen (baixista/guitarrista/vocalista) descreve Houses of the Molé como um álbum de "renascimento" em sua nova fase sem a presença de Barker.  Comparado com seus discos anteriores, o estilo musical do álbum é mais voltado para o thrash/grind metal.

“Houses of the Molé” é uma homenagem ao álbum Houses of the Holy (1973) da banda britânica Led Zeppelin, sendo “Molé” um molho mexicano feito apimentado amarronzado, uma imagem que Jourgensen acreditava representar o petróleo em seu estado bruto.

Rey Washam, ex-baterista do grupo, afirmou em uma entrevista que trabalhou em “Houses of the Molé”, mas não recebeu nenhum crédito, e também afirmou que o Ministry teve problemas para compensar adequadamente todos os músicos que contribuíram em seus álbuns. Washam também se referiu a Jourgensen como sendo um "mentiroso" contestando até mesmo a declaração de que o baixista era o único responsável por escrever quase todo o material do Ministry. O batista também disse que "Houses of the Molé" era "o pior título [para um álbum] do mundo".

“Houses of the Molé” foi o primeiro álbum de estúdio do Ministry a não entrar nas paradas da Billboard 200. Devido aos baixos números de venda em seu lançamento, o grupo acabou deixando o selo Sanctuary pouco depois.

Em 2005, “Houses of the Molé” foi classificada na 434ª posição no livro “500 Melhores Álbuns de Rock e Metal de Todos os Tempos” da revista Rock Hard.

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