Metallica - St. Anger (2003)


 Texto por Felipe Leonel

“St. Anger” é o oitavo álbum de estúdio da banda estadunidense Metallica, lançado pelo selo Elektra Records em 5 de junho de 2003, há 18 anos.

Sendo considerado o mais "controverso" de toda a carreira da banda, foi também o último disco sob contrato com a gravadora Elektra e marcou o segundo maior período de hiato entre dois álbuns de estúdio da banda, com quase seis anos desde o lançamento de “Reload” (1997).

“St. Anger” foi originalmente planejado para ser lançamento em 10 de junho de 2003, mas foi liberado cinco dias antes devido a preocupações sobre a distribuição ilegal através do compartilhamento de arquivos na internet.

“St. Anger” marca também a colaboração final entre o Metallica e o produtor Bob Rock, cujo relacionamento começou com o álbum homônimo (mais conhecido como “Black Album”) de 1991. “St. Anger” é também o primeiro álbum de estúdio após a saída do baixista de longa data Jason Newsted, que deixou o grupo pouco antes da primeira sessão de gravação, restando ao então produtor Bob Rock o cargo temporário de baixista da banda até que o grupo encontrasse um substituto permanente. 

A gravação do álbum começaria em 24 de abril de 2001, porém foi adiada indefinidamente quando o vocalista e guitarrista James Hetfield entrou em uma clínica de reabilitação para tratamento do alcoolismo e "outros vícios".

Outro fator marcante, foi a mudança sonora radical em relação aos dois trabalhos anteriores do Metallica, que haviam abordado uma sonoridade voltada ao hard rock, já “St. Anger”  apresenta uma forma mais "moderna" de metal para sua época, com guitarras majoritariamente afinadas em Drop C, e emulando elementos vindos do metal alternativo e nu metal, similar ao que bandas como Limp Bizkit e Mudvayne faziam. Os bastidores da gravação podem ser vistos no documentário “Some Kind of Monster” (2004).

“St. Anger” obteve uma recepção mista da crítica especializada e os fãs mais "old school" apontaram o álbum como o "fundo do poço" da carreira da banda, por causa da sua produção propositadamente crua, da falta de solos de guitarra e pelo som metalizado e estridente da bateria.

Apesar de tudo, “St. Anger” estreou na 1ª posição na Billboard 200 dos EUA e nas listas de discos mais vendidos em 14 países. Em 2004, a canção ‘St. Anger’ venceu o Grammy Award na categoria “Melhor Performance de Metal”.

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