Judas Priest - Ram It Down (1988)

Texto por Felipe Leonel 

“Ram It Down” é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda inglesa de heavy metal Judas Priest, lançado pelo selo Columbia Records em 17 de maio de 1988, há 33 anos.

Ainda em 1986, o Judas Priest pretendia lançar um álbum duplo intitulado “Twin Turbos”, do qual metade consistiria em um hard rock mais comercial e a outra mais pesada utilizando menos sintetizadores. Após apresentar a ideia, a gravadora se opôs ao conceito de um disco duplo e o projeto acabou sendo dividido em dois álbuns separados, “Turbo” (1986) e “Ram It Down”. Ao menos quatro canções, ‘Ram it Down’, ‘Hard as Iron’, ‘Love You to Death’ e ‘Monsters of Rock’, haviam sido escritas para o projeto “Twin Turbos”.

“Ram It Down” foi o último álbum do grupo com a participação do produtor Tom Allom, que só voltaria a trabalhar novamente com a banda 30 anos depois no disco “Firepower”, de 2018. Foi também o último trabalho de estúdio do Priest com Dave Holland na bateria.

Uma versão cover da canção ‘Johnny B. Goode’, de Chuck Berry, deveria ter sido incluída na trilha sonora da comédia “Johnny Be Good” (1988), dirigido por Anthony Michael Hall, mas acabou ficando de fora do longa encontrando seu lugar em “Ram It Down” e que acabou sendo também o primeiro single do álbum. A faixa, embora seja creditada como escrita por Berry, teve apenas sua letra mantida intacta com todo seu instrumental sendo inteiramente rearranjado pela banda. Como primeiro single, ‘Johnny B. Goode’ foi tocada durante os primeiros shows da turnê ainda em 1988, junto com a faixa-título e três outras canções do álbum ‘Heavy Metal’, ‘Come And Get It’ e ‘I'm a Rocker’.

Originalmente, a faixa ‘Thunder Road’ seria incluída no álbum, entretanto, após a decisão de gravar uma versão cover de ‘Johnny B. Goode’, a canção acabou sendo substituída. ‘Thunder Road’ só foi lançada anos depois, em 2001, como faixa bônus na remasterização de outro disco do Priest, “Point of Entry” (1981). Outras canções de “Ram It Down” também foram tocadas em turnês posteriores como ‘I'm a Rocker’, durante a “Retribution Tour”, de 2005, e ‘Blood Red Skies’ durante a “Epitaph World Tour 2011-2012”. 

Apesar da boa aceitação do público, grande o suficiente para levar o álbum ao status de disco de ouro nos EUA, 500 mil cópias vendidas somente no país, a reação da crítica foi bastante negativa, argumentando que a banda falhou em produzir novas ideias criativas considerando as composições inferiores aos seus trabalhos anteriores.

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