Metallica - Master of Puppets (1986)

Texto por Felipe Leonel

“Master of Puppets” é o terceiro álbum de estúdio da banda americana de heavy metal Metallica, lançado pelo selo Elektra Records em 3 de março de 1986, há 35 anos.

“Master of Puppets” foi gravado na Dinamarca no Sweet Silence Studios ao lado do produtor Flemming Rasmussen e foi o último álbum da banda a apresentar o baixista Cliff Burton, morto em um acidente de ônibus em setembro de 1986 na Suécia durante a turnê promocional do álbum.

A arte da capa foi ilustrada/pintada pelos artistas Peter Mensch e Don Brautigam, feita em cima de um conceito criado pela própria banda, e retrata um cemitério de cruzes brancas amarradas a cordas e manipuladas por um par de mãos em um céu vermelho-sangue.

Ao invés de lançar singles promocionais ou vídeo clipes antes do lançamento do disco, o Metallica decidiu embarcar em uma turnê de cinco meses pelos EUA como banda de apoio do vocalista Ozzy Osbourne. Já a parte europeia da turnê foi cancelada após a morte de Burton. Logo após o acidente, a banda voltou para casa para testar um novo baixista.

“Master of Puppets” é amplamente considerado um dos maiores e mais influentes álbuns de heavy metal de todos os tempos e creditado por consolidar a cena thrash metal estadunidense.

O álbum estreou na 128ª posição das paradas do país e alcançou o 29º lugar na Billboard 200 passando72 semanas na parada. Segundo a própria Billboard, foram vendidas mais de 300 mil cópias do álbum apenas em suas três primeiras semanas e mais de 500 mil cópias em seu primeiro ano, mesmo sem praticamente nenhuma transmissão no rádio e nenhum videoclipe.

Em 2003, o álbum foi certificado pela Recording Industry Association of America (RIAA) ao alcançar seis discos platina por suas 6 milhões de cópias vendidas somente nos EUA, e mais tarde, certificado novamente pela Music Canada com mais outros seis discos platina, 600 mil cópias vendidas e disco de ouro, 100 cópias vendidas, pela British Phonographic Industry (BPI).

Em 2004, atingiu o pico entre os 15 primeiros na Suécia. Em 2008, alcançou o top 40 nas paradas de álbuns australiana e norueguesa.

Ainda sim, “Master of Puppets” teve menos sucesso em nível internacional, apesar de entrar no Top 5 na Finlândia e no Top 40 nas paradas de álbuns da Alemanha e Suíça em seu primeiro ano.

Em 2015, “Master of Puppets” se tornou o primeiro registro de metal a ser selecionado pela Biblioteca do Congresso para preservação no Registro Nacional de Gravações por ser "cultural, histórica ou esteticamente significativa".

“Master of Puppets” entrou nas listas de “Melhores Álbuns” de diversas publicações/revistas ao longo dos anos. O álbum foi classificado em 167º lugar na lista dos “500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” da revista Rolling Stone, mantendo a posição em uma versão revisada feita em 2012. A revista também iria, mais tarde, classificá-lo em 2º lugar em sua lista dos "100 Melhores Álbuns de Metal de Todos os Tempos" de 2017, atrás apenas de “Paranoid” (1970) do Black Sabbath. A revista Time incluiu o álbum em sua lista dos “100 Melhores Álbuns de Todos os Tempos”.

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